11.10.11

hoje preciso de ti. preciso todos os dias, mas hoje, é diferente. estou cada vez mais habituada a viver com a tua ausência, mas hoje, acho que me esqueci de tudo o que aprendi no tempo em que estiveste longe. hoje, só queria que nada disto tivesse acontecido e que o meu coração não estivesse no estado em que está agora. hoje, preciso de te abraçar. preciso de te lembrar que és o homem da minha vida. preciso de ouvir o teu coração a bater e saber que ele ainda bate por mim, por mais que não seja assim. preciso de te beijar como se fosse a primeira vez. preciso de te segurar, com unhas e dentes, para nunca mais fugires. hoje, preciso de ti e tu nem sabes. não sabes, nem vais saber. porque não quero que sintas pena de mim. nem de mim, nem de nós, por termos acabado deste jeito. e desculpa, mas eu não consigo deixar de achar que a culpa disto foi toda tua. porque se tu não tivesses desistido, as coisas, hoje, não eram de maneira nenhuma assim. estes malditos pensamentos não existiriam na minha cabeça e o meu coração não estaria feito em mil pedaços. mas hoje, desejar que as coisas não fossem assim, não adianta de nada. lembras-te de te ter dito, quando fizemos dois meses, que esses, eram dois meses de uma vida a teu lado? pois, bem, acabou. e já se passaram dois meses desde que tu decidiste fazer malas e sair da minha vida, e agora, não consigo deixar de sentir que estes são dois meses de uma vida sem ti. porque eu não vejo as coisas mudarem. porque eu sinto que estamos a ser levados pela corrente e que vamos acabar por morrer aqui. aqui, assim, desta maneira, deste jeito, com este aperto sufocante no peito. e eu sei, tu sabes e em breve todo o mundo irá saber também, que realmente, vai ser assim. que daqui a uns tempos, quem sabe amanhã, nós vamos morrer. vamos desaparecer da vida um do outro e o tempo vai apagar tudo o que fomos capazes de construir juntos. e não, eu não vou negar, eu tenho medo desse dia. do dia em que vamos ter mesmo de deixar tudo isto para trás. do dia em que vais ser realmente arrancado da minha vida. do dia em que eu descobrir que já nada disto faz sentido. mas sabes, eu amo-te, continuo a amar-te como sei que não vou ser capaz de amar mais ninguém. eu amo-te e tu não tens noção de como dói sentir que tu já não sentes o mesmo. não tens noção de como dói sentir que isto já não tem volta a dar. não tens noção de como dói ter de passar por ti, levantar a cabeça e sorrir como se nada se passasse. como se nada tivesse existido. mas existiu, e em tempos. tudo isto foi real. em tempos, eu e tu, conseguimos mostrar ao mundo que amar é muito mais do que ter o coração preenchido. mostramos ao mundo que o amor realmente existe. e acredita que o meu, é à prova de bala.

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